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terça-feira, 12 de novembro de 2024

A Ascensão e Queda da Idolatria em Torno de Adolf Hitler



Por: Claudia Souza    

A história de Adolf Hitler é um dos exemplos mais trágicos e emblemáticos do poder da idolatria política. A sua ascensão ao poder e o devastador impacto de seu regime marcaram o século XX, trazendo à tona os perigos de líderes políticos que se tornam ídolos em vez de servidores públicos. Mais do que um ditador, Hitler foi um fenômeno de manipulação psicológica em massa que transformou milhões de pessoas em seguidores cegos de sua ideologia perversa. Sua trajetória revela o quanto a idolatria política pode criar uma perigosa ilusão de grandeza e poder, desviando povos inteiros do senso crítico e da moralidade.

    O Surgimento do Ídolo

    A Alemanha do início do século XX passava por uma crise econômica e social profunda. A Primeira Guerra Mundial havia deixado o país em ruínas, e o Tratado de Versalhes humilhava ainda mais a nação. A população, cansada e ressentida, buscava uma figura de esperança que a conduziria para fora das trevas. Adolf Hitler surgiu como uma figura messiânica, alguém que prometia resgatar a Alemanha e devolver-lhe o orgulho perdido.

    Hitler, dotado de uma retórica incendiária e uma habilidade de comunicação sem igual, conquistou rapidamente o imaginário de milhares de alemães. Por meio de discursos inflamados e propaganda incessante, ele construiu a imagem de um "salvador", alguém que faria a Alemanha "grande novamente". Em meio ao desespero, muitos alemães não apenas apoiaram Hitler, mas o elevaram a uma posição quase divina, acreditando cegamente em sua capacidade de resolver todos os problemas. Em um processo de manipulação profunda, Hitler transformou a política em um culto à sua figura, centralizando o poder e destruindo qualquer oposição

    Os Mecanismos da Idolatria

    A ascensão de Hitler exemplifica como a idolatria política se constrói: primeiro, identificando um "inimigo comum", depois promovendo a ideia de um "líder excepcional" e, por fim, silenciando vozes críticas. Hitler usou os judeus, os comunistas, e outros grupos minoritários como bodes expiatórios, responsabilizando-os pelos problemas do país. Ele se apresentou como a única solução possível, criando uma narrativa em que qualquer oposição era um obstáculo ao renascimento da Alemanha.

    O Partido Nazista aproveitou-se da tecnologia da época, como o rádio e o cinema, para levar a imagem de Hitler e sua mensagem a todos os lares. Com o apoio de uma eficiente máquina de propaganda liderada por Joseph Goebbels, Hitler foi transformado em um ídolo inquestionável. Esse culto à personalidade criou uma nação que, coletivamente, estava disposta a aceitar políticas brutais e desumanas, como o Holocausto, acreditando que tudo fazia parte de um plano maior.

    A Queda da Idolatria


    Apesar de todo o culto e idolatria, a realidade era que a liderança de Hitler era frágil e baseada em uma ideologia insustentável e violenta. Com o passar do tempo e as derrotas militares, a imagem de Hitler começou a ruir. A Alemanha sofreu devastadoras derrotas durante a Segunda Guerra Mundial, e as promessas de grandeza de Hitler revelaram-se uma ilusão cruel. No fim, ele deixou um país destruído e uma Europa devastada pela guerra.

    A queda de Hitler serve como um alerta para os perigos de uma liderança idolatrada. Quando a realidade se impôs, a "divindade" de Hitler foi despedaçada, e seu verdadeiro legado foi revelado: milhões de mortos, países arruinados, famílias desfeitas e uma marca de horror na história humana. Hitler tornou-se o símbolo de uma idolatria que não só fracassou, mas que conduziu a um dos capítulos mais sombrios da história mundial.

    Lições para a Atualidade


    A ascensão e queda de Hitler é uma lembrança sombria de que a idolatria política pode levar ao desastre. Hoje, vemos em muitas partes do mundo a idolatria a líderes políticos, e os paralelos com o passado são alarmantes. Quando políticos são colocados em pedestais e tratados como infalíveis, o espaço para a democracia e o debate crítico diminui. A democracia precisa de líderes que sirvam ao povo, e não o contrário.

    A história de Hitler deve ser estudada e lembrada, não apenas como um exemplo do que aconteceu, mas como um alerta constante para os riscos de depositar poder e autoridade absoluta em uma só pessoa. O fim de sua idolatria nos lembra que nenhum líder deve ser visto como salvador ou redentor, pois isso desvirtua o verdadeiro propósito da política: servir à sociedade com transparência, responsabilidade e humanidade.


quarta-feira, 6 de novembro de 2024

A Idolatria Política que Você Não Conhece!


Por que alguns líderes políticos são idolatrados como figuras quase divinas? Neste vídeo, exploramos o fenômeno da idolatria política ao redor do mundo, analisando como líderes em diferentes países conquistam um status de ‘salvadores’ e os impactos disso na sociedade e no psicológico das pessoas. De Xi Jinping na China a figuras emblemáticas da América Latina e dos Estados Unidos, mostramos como essa adoração pode afetar a democracia e intensificar a polarização. Junte-se a nós nesta análise e descubra como reconhecer e evitar a armadilha da idolatria política. 

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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Os vira-casaca: O Espetáculo de Datena e Tabata na Política de Conveniência




Por: Claudia Souza


A política brasileira é realmente uma obra prima de incoerência. E, nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, dois exemplos brilharam com todo o esplendor: Luís Carlos Datena e Tabata Amaral. Ambos conseguiram o que poucos fazem com tanta maestria — abraçar o candidato que eles mesmos passaram meses ridicularizando. Uma lição aqui? O que vale é se manter no jogo, custe o que custar, mesmo que isso signifique engolir palavras e princípios.


Datena: O Mestre da Contradição e baixíssima audiência nas urnas


    Ah, ó Datena! Aquele apresentador de TV que, entre uma bronca e fora do ar, decidiu que era hora de “limpar a política”. Na campanha, ele não poupou Ricardo Nunes de seus ataques refinados, chamando-o de político medíocre, incompetente e, claro, insinuando que Nunes tinha um manual de irregularidades debaixo do braço. Datena, incorporou o herói solitário, combatente das injustiças, capaz de salvar São Paulo, apontando o caos administrativo de Nunes e estava disposto a colocar ordem na bagunça.

    Mas, como em toda boa história de reviravoltas, bastou a vergonhosa derrota nas urnas para Datena realizar o que a gente pode chamar de "pirueta olímpica" na política. Agora, o Ricardo Nunes — sim, aquele mesmo que passou meses humilhado em público por Datena — virou a melhor opção para continuar “o bom trabalho”. Um detalhe interessante: antes, o bom trabalho não existia. Vai entender... Será que para Datena o Nunes passou por uma súbita metamorfose pós-eleitoral? Ou será que Datena simplesmente viu que seria mais inteligente estar ao lado do vencedor?

Tabata Amaral: A Nova Política, Velhas Práticas

    E, claro, não podemos esquecer Tabata Amaral. A musa da nova política, que promete trazer renovação e ser a voz da juventude progressista, parece ter aprendido rápido os truques dos veteranos. Durante toda a campanha, Tabata deixou claro que Guilherme Boulos não serviria para ser prefeito. Segundo ela, Boulos era aquele idealista radical, mais preocupado em fazer barulho do que administrar em São Paulo de maneira eficiente. Um gestor de hashtags, por assim dizer.

    Agora, adivinhem quem, alguns minutos após o fim da apuração, foi às redes declarar apoio a... Boulos! Sim, o mesmo que não tinha a menor condição de ser prefeito, de repente, se tornou uma “melhor opção” para São Paulo. E sem nem piscar, Tabata jogou pela janela todas aquelas críticas anteriores. Quem diria que alguns minutos depois e percentuais de votos abaixo poderiam mudar tanto uma visão política? Dá até vontade de saber que epifania ocorreu durante aquele intervalo.

Política ou Pantomima?

    O que aprender com esses episódios? Que a política brasileira continua sendo um circo bem armado, onde coerência e princípios são artigos de luxo. E o eleitor? Bem, o eleitor fica ali, sentado na plateia, diante da mesma peça repetida, com novos personagens que, no fundo, fazem o mesmo jogo de sempre. Datena, com sua retórica de juiz e outsider, e Tabata, com sua promessa de renovação, provaram que, no final das contas, quando o palco eleitoral fechar, o que importa é continuar na festa.

    Se antes o eleitor se agarrasse à esperança de que figuras como essas duas fossem diferentes, agora fica claro que estamos olhando à mesma novela. A política continua a ser um jogo de conveniência, onde os princípios se moldam conforme a necessidade do momento. E, no fim, quem perde é sempre o eleitor, que entra no teatro acreditando estar vendo um reality show, mas acaba exibido à mesma velha ficção — com uns retoques aqui e ali, só para manter a aparência.

    O meu livro "Idiolatria Política" é uma leitura necessária para aqueles que desejam compreender os bastidores do comportamento dos políticos e, principalmente, evitar cair nas armadilhas de figuras públicas que moldam suas posturas de acordo com interesses oportunistas. Em um cenário político em que os candidatos frequentemente assumem posturas agressivas e humilham seus concorrentes durante as campanhas, apenas para, após a derrota, mudar de lado e apoiar seus oponentes na troca de favores ou poder, eu trago à tona uma reflexão necessária sobre a fragilidade da ética na política e os perigos dos participantes se deixarem levar por discursos superficiais.

    O conceito de "vira-casaca", apresentado na política, é amplamente discutido no livro, mostrando como esses políticos, ao mudarem de postura conforme a conveniência, revelam sua verdadeira essência: a busca pelo poder a qualquer custo. "Idiolatria" faz uma análise profunda de como a idolatria cega permite que políticos populistas e sensacionalistas manipulem o público, encobrindo suas falhas de caráter e ambições pessoais.

Ao ler o livro, o leitor ganha ferramentas para desenvolver uma visão crítica e consciente , capaz de identificar esses comportamentos e evitar ser iludido por promessas vazias ou gestos de última hora. Em um ambiente político onde a lealdade é muitas vezes trocada por conveniência, entender a dinâmica da idolatria e do oportunismo se torna essencial para fazer escolhas mais conscientes nas urnas.



"Idiolatria Política", disponível no "Clube de Autores" ensina que, em vez de se deixar levar por personalidades carismáticas e figuras messiânicas, o eleitor deve focar na competência, caráter e coerência dos candidatos. O livro oferece uma visão clara dos riscos que a admiração cega traz para a democracia, ao mesmo tempo em que sugere alternativas para fortalecer a cidadania e promover uma política mais transparente e ética.

domingo, 29 de setembro de 2024

Debate na TV Record: Candidatos Mostram Maturidade e Ricardo Nunes é Acuado por Denúncias



Por: Claudia Souza

O debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, transmitido hoje pela TV Record, trouxe uma mudança significativa no tom das discussões, revelando um amadurecimento tão esperado pelos eleitores. Em uma noite marcada por debates acirrados, as propostas finalmente tomaram o centro do palco, com os candidatos mostrando mais respeito uns pelos outros e, ao mesmo tempo, defendendo suas visões para o futuro da maior cidade do Brasil.

O debate de hoje na TV Record foi um divisor de águas na campanha eleitoral de São Paulo. Pela primeira vez, os eleitores puderam ver os candidatos discutirem suas propostas com maturidade, sem deixar que os ataques pessoais dominassem a cena. Ricardo Nunes, acuado, tentou se defender dos muitos ataques, enquanto Datena e Marçal apresentaram suas visões com mais serenidade e foco nas propostas. Tábata e Marina protagonizaram uma disputa de ideias, enquanto Boulos reforçou seu compromisso com as causas sociais.

Ricardo Nunes na Berlinda: Postura Defensiva

O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que busca a reeleição, foi o candidato mais pressionado da noite. Acusado por seus concorrentes de ter favorecido propostas sem licitação e de estar envolvido em denúncias de violência contra a mulher, Nunes adotou uma postura defensiva. Ele tentou rebater as acusações, alegando que sua gestão foi transparente e eficiente, destacando avanços em áreas como saúde e mobilidade urbana. Apesar das tentativas de contornar as críticas, a noite foi difícil para o prefeito, que se viu acuado pelos ataques e questionamentos dos adversários.

Datena: Surpresa com Novo Tom

Luiz Carlos Datena surpreendeu a todos ao adotar uma postura muito mais moderada e propositiva do que em debates anteriores. Conhecido por sua veemência e, às vezes, por provocações, Datena optou por focar nas suas propostas para segurança pública e infraestrutura urbana. Ele se mostrou mais alinhado ao que os eleitores esperam: menos ataques pessoais e mais soluções para os problemas de São Paulo. A mudança no tom de Datena trouxe um ar de seriedade e compromisso, que foi bem recebido pelo público.

Pablo Marçal: Campanha Sem Verba Pública e Ênfase no Sucesso Financeiro

Pablo Marçal trouxe uma nova estratégia ao debate, destacando seu sucesso financeiro como prova de sua capacidade para governar. Ele enfatizou que é o candidato mais bem-sucedido financeiramente entre todos os concorrentes, sem precisar de verba pública para fazer sua campanha. Marçal reforçou que, por estar conduzindo sua campanha sem o uso de dinheiro público e sem tempo de propaganda eleitoral, ele se destaca como o melhor candidato, por ser independente dos recursos partidários. Esse discurso foi um de seus pontos centrais, com o candidato sugerindo que sua habilidade como empreendedor seria decisiva para resolver os problemas da cidade.

Tábata Amaral: Propostas Concretas e Foco nos Idosos em Situação de Rua

Tábata Amaral brilhou ao apresentar propostas fundamentadas em sua experiência como deputada federal, com foco especial nos idosos em situação de rua, uma questão que ela já havia abordado em projetos anteriores. Durante o debate, Tábata foi clara ao expor suas ideias, destacando que suas propostas já foram aprovadas e implementadas com sucesso em nível nacional, o que a credencia para fazer uma gestão eficaz em São Paulo. Ela se manteve firme, mesmo diante das provocações de sua adversária Marina Helena, e conseguiu passar uma imagem de competência e preparo.

Marina Helena: Provocações e Denúncias

Marina Helena não ficou atrás no embate e aumentou o tom, apresentando denúncias contra Tábata Amaral, questionando a viabilidade e a transparência de algumas de suas propostas passadas. Ao trazer à tona essas críticas, Marina Helena reforçou sua posição como uma candidata que não teme confrontar suas adversárias e que está disposta a elevar o nível do debate, mesmo que isso signifique provocar diretamente seus concorrentes. Esse embate entre as duas candidatas foi um dos pontos altos da noite, com trocas incisivas, mas ainda assim mantendo o respeito e o foco nas propostas.

Guilherme Boulos: Defesa das Acusações e Compromisso Social

Guilherme Boulos manteve sua postura de defesa em relação às acusações sobre invasões de terra, mas, desta vez, com mais ênfase em suas propostas para a habitação popular e inclusão social. Boulos destacou a importância de garantir moradia digna para todos e reforçou que seu foco está em combater as desigualdades sociais, ao invés de se deixar abater por críticas sobre seu passado como ativista. Ele apresentou soluções concretas para a crise habitacional da cidade, sempre mantendo a linha de defesa de seus ideais e propostas.

Essa mudança de tom dá aos eleitores a chance de avaliar melhor quem está realmente preparado para enfrentar os desafios da cidade. Que esse debate seja um exemplo para o restante da campanha, mostrando que é possível discutir com seriedade o futuro de São Paulo.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

O Desastre de Pablo Marçal no Debate do Flow: Um Prefeito Sem Regras?



A participação de Pablo Marçal no último debate transmitido pelo canal "Flow" foi, no mínimo, vergonhosa. Enquanto seus concorrentes se esforçavam para manter um mínimo de civilidade e respeito às regras previamente assinadas por suas respectivas assessorias, Marçal parecia decidido a arruinar qualquer resquício de seriedade no evento. E ele conseguiu, com louvor.

Nos últimos minutos do debate, Marçal reincidiu nas ofensas e provocações que já haviam se tornado sua marca registrada nos debates anteriores. Em vez de aproveitar a oportunidade para apresentar propostas concretas e mostrar que, apesar dos erros do passado, ele poderia ser uma opção séria para a Prefeitura de São Paulo, Marçal preferiu mais uma vez atacar verbalmente os adversários e ignorar completamente as normas estabelecidas.

Quando impugnado pelo apresentador Carlos Tramontina, que tentou colocar ordem no caos instaurado, o candidato manteve sua postura desafiadora. Não só continuou afrontando as regras, como ainda provocou a própria organização do evento. E o resultado? A expulsão de Marçal do palco e uma cena lamentável de agressão entre dois seguranças, que deixou um deles ferido.

Esse comportamento bipolar de Marçal vai além de simples desrespeito; ele expôs seu despreparo emocional e incapacidade de lidar com as pressões do cargo que almeja. A pergunta que surge é inevitável: como confiar em um candidato que não consegue seguir regras em um simples debate? Se Marçal não tem autocontrole nem para respeitar as diretrizes de um evento mediado, como podemos acreditar que ele terá condições emocionais e profissionais de cumprir as complexas regras e exigências de um governo municipal?

Ser prefeito de São Paulo não é para qualquer um. É uma tarefa que demanda resiliência, inteligência emocional e, acima de tudo, respeito às instituições e ao povo que será governado. Se Marçal já demonstrou publicamente sua incapacidade de seguir normas básicas, o que nos faz pensar que ele seria capaz de liderar uma cidade tão complexa e cheia de desafios como São Paulo?

Seu comportamento no "Flow" foi um alerta claro: ele não está preparado para liderar. E pior, seu show de horrores colocou em risco a credibilidade do processo democrático ao transformar um debate político sério em um espetáculo de ofensas e descontrole. Agora, a escolha está nas mãos dos eleitores. O que São Paulo precisa é de maturidade e competência, não de figuras instáveis que brincam com a seriedade da política.

Em suma, a participação de Pablo Marçal não só envergonhou sua candidatura, como lançou dúvidas profundas sobre sua capacidade de governar. E, sinceramente, alguém que não cumpre regras em um debate não parece ser o tipo de pessoa que podemos confiar para respeitar as leis e o bem-estar de uma cidade inteira.


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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

DEBATE ELEIÇÕES 2024 SP: Farpas e Fichas Criminais - A Vergonha dos Candidatos à Prefeitura de São Paulo


Por: Claudia Souza

O debate político do dia 17 de setembro na Rede TV conseguiu superar qualquer expectativa de desastre que os paulistanos pudessem ter. Se você, cidadão de bem, esperava discussões sobre moradia, transporte, saúde ou qualquer outro tema relevante para São Paulo, foi brindado com um show de horrores digno de uma novela das nove.

O episódio começou com Pablo Marçal, insistindo em tratar os adversários com apelidos pejorativos, que, apesar de ter a mão enfaixada depois do ataque surreal de Datena no debate anterior (onde levou um banco arremessado e foi parar no hospital), voltou ao palco, não para falar de propostas, mas para continuar sua performance de "garoto rebelde de 10 anos". Passou mais tempo acusando Ricardo Nunes de agressão à esposa e irregularidades em contratos das creches, além de lembrar ao público sobre as denúncias de assédio sexual de Datena. Tudo isso, claro, entre choromingos de "sou vítima do sistema". Até dava pra esperar que ele puxasse um iô-iô do bolso com o número 28 impresso e começasse a brincar no meio do palco. E um momento da câmera da grua no estúdio, o público pôde ver Pablo Marçal feito um menino, sentado e se girando na cadeira (como as crianças fazem quando encontram uma cadeira giratória), momento hilário!

Datena, é claro, não deixou barato. Com o bom e velho linguajar que já conhecem de sua carreira na televisão, devolveu a Pablo com um festival de acusações. Chamou o adversário de "ladrão e golpista", relembrando que Marçal já foi condenado à prisão. Marçal, por sua vez, limitou-se a fazer cara de quem estava sendo perseguido, enquanto a plateia já se perguntava se, ao invés de assistir a um debate, havia entrado sem querer em um episódio de "Casos de Família".

E então temos Ricardo Nunes. Sempre com a habilidade política de um funil, tentando passar por cima das acusações que lhe são feitas, mas preferiu devolver as farpas de Marçal e Datena com o mesmo tom agressivo. A grande questão que ficou é: será que existe um único candidato aqui que não tenha passagem pela polícia? Ao julgar pela troca de acusações, parece que o principal pré-requisito para concorrer à prefeitura de São Paulo é ter, no mínimo, um bom advogado e uma ficha criminal digna de um dossiê.

No meio de toda essa confusão, Guilherme Boulos deu o ar de sua graça, pousando de santinho. Sim, aquele mesmo que liderou invasões do MST, quebrando propriedades e depredando patrimônio público. Agora, tentando vender uma imagem de defensor dos oprimidos, alegando que estava "lutando por pessoas despejadas". Quase dá vontade de acreditar, se não fosse o pequeno detalhe de seu currículo, incluir confrontos violentos e, claro, mais passagens pela polícia.

E enquanto os marmanjos trocavam farpas e tentavam ganhar o troféu de “quem tem mais acusações no currículo”, Marina Helena e Tabata Amaral conseguiram manter o mínimo de compostura. Em meio a níveis alfinetados, demonstrou que é possível discutir com respeito, sem transformar o debate em uma arena de briga de rua. Mas, infelizmente, a maturidade delas apenas expôs ainda mais a infantilidade e o podridão moral de seus concorrentes.

É triste pensar que, em pleno 2024, estamos às voltas com um debate político que mais parece uma guerra de reivindicações pessoais, enquanto a cidade de São Paulo, com sua magnitude de país, enfrenta problemas graves. O centro está destruído, os lojistas fechando as portas, a Cracolândia imperando, e os bairros da periferia afundados em negociação. E o que vemos nos debates? Homens adultos brigando como se estivessem no recreio da escola, preocupados em desenterrar a sujeira uns dos outros ao preferir oferecer soluções concretas para os verdadeiros problemas da cidade.

O mais irônico de tudo é que esses candidatos acreditam que são dignos de governar São Paulo. Mas como o maior polo econômico do Brasil pode sonhar em ser uma cidade do primeiro mundo com figuras tão despreparadas e imaturas? Se as gestões anteriores tivessem tido algum sucesso, talvez não estivéssemos com um centro em ruínas e uma periferia abandonada. No entanto, é esse tipo de político que temos que escolher, entre acusações, processados e promessas vazias.

O mais chocante é a confirmação do que muitos já desconfiavam: no Brasil, quem governa é o crime organizado – ou pelo menos, é o que parece, considerando o currículo de muitos dos nossos candidatos. A pergunta que fica é: o que será de São Paulo com esse tipo de liderança? Que futuro nos espera com esses marmanjos no poder?

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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Datena e Marçal transformam debate político no PIOR futebol de várzea - VERGONHA!

 

 Candidatas roubam a cena com demonstrações de diálogo saudável e discussão de propostas para a cidade de São Paulo


Por: Claudia Souza


A corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo em 2024 tem sido marcada por uma verdadeira mostra de amadorismo e falta de preparo. O palco dos debates, que deveria ser um espaço para discutir soluções para problemas reais como desemprego, moradia, saneamento básico, transporte e saúde, se tornou um teatro de ataques pessoais, ofensas infantis e provocações sem qualquer relevância para o eleitor.

Pablo Marçal parece ter abraçado o papel de um adolescente da quinta série, com seu comportamento provocativo e desrespeitoso. Ao invés de apresentar propostas coerentes para a cidade, prefere destilar ironias e ofender seus adversários. A postura de Marçal em nada se assemelha à de um líder capaz de administrar São Paulo, uma cidade que clama por soluções, não por mais divisões e brigas de playground.

Luiz Carlos Datena, por sua vez, é uma decepção política em todos os sentidos. Apresentador de televisão com apelo popular, entrou na campanha sem trazer uma única proposta que demonstre conhecimento real da máquina pública. Sua participação no debate foi tão vazia quanto sua plataforma de governo. Sem capacidade para argumentar, sucumbiu à provocação infantil de Marçal e protagonizou uma cena vergonhosa, quando, em um surto de fúria, agrediu o adversário com um banco. A cena ridícula fez até os eleitores mais desatentos sentirem o peso da vergonha alheia.

Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato à reeleição, caminha no limbo da política e supostamente envolvido em acusações de ilicitudes, passa mais tempo tentando justificar a lisura de sua imagem do que discutindo o futuro da cidade. Sua estratégia de "passar pano" para suas possíveis falhas mostra um político mais preocupado em se salvar do que em salvar São Paulo. O discurso de que gerou moradia para milhares de pessoas se dissolve, ao depararmos com pessoas em situação de rua, morando em barracas de camping em plena avenida Paulista, o crescente número de pedintes em todos os bairros, e o aumento de viciados em drogas que surgiram do nada nos bairros da periferia. Como sabemos, o prefeito não circula a pé pelos bairros para ver de perto a sua real administração. A falta de vagas para um simples exame de pulmão na Santa Casa de Misericórdia é a prova real da 'melhoria na saúde'.

E aí temos Guilherme Boulos, que se vende como um pacifista. Mas, como esquecer que há poucos anos estava à frente de manifestações violentas, liderando o MST em invasões e tumultos? A imagem que tenta projetar hoje é pura hipocrisia, um esforço vazio de se descolar do passado que manchou sua trajetória política.

Enquanto isso, as candidatas Tabata Amaral e Marina Helena, em contraste, trouxeram ao debate a única amostra de seriedade e respeito. A troca de ideias entre elas demonstrou que é possível, sim, fazer política com elevação do discurso e respeito mútuo, centrando-se em propostas concretas e abordando os problemas com a seriedade que a maior cidade da América Latina merece. A postura dessas mulheres escancarou a infantilidade e falta de preparo dos homens que compartilham o palco eleitoral, homens que, ironicamente, acreditam merecer a confiança e o voto do paulistano.

A hora que Datena agride Pablo Marçal no debate Político da TV Cultura - 15/02/2024


O episódio lamentável do debate, onde Marçal e Datena roubaram os holofotes com uma pantomima grotesca, revela a falta de maturidade e a primariedade dos candidatos masculinos nesta corrida eleitoral. São homens que não têm a menor capacidade para gerir uma cidade complexa como São Paulo, seja pelas suas atitudes, seja pela ausência de propostas reais.

É uma vergonha que, em pleno 2024, tenhamos que ir às urnas, sem a segurança de um sistema auditável, para escolher o "menos pior" entre candidatos que mais se assemelham a caricaturas e memes, do que a líderes preparados. A cidade precisa de soluções, não de shows de vaidade e descontrole.

Estamos cansados de performances ridículas.

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A Ascensão e Queda da Idolatria em Torno de Adolf Hitler

Por: Claudia Souza     A história de Adolf Hitler é um dos exemplos mais trágicos e emblemáticos do poder da idolatria política. A sua ascen...